O Mal do Excesso

Como não exagerar na dose e garantir qualidade de vida

Julio Ganiko*

Você já acordou em uma segunda-feira, depois de um final de semana tranquilo, sem trabalhar, completamente cansado? Pois é. Isso tem se tornado muito comum nos dias de hoje, quando as pessoas relatam um excessivo cansaço mesmo após alguns dias de folga. Geralmente, isso decorre da falta de sono, muito trabalho e atividade mental em demasia.

Vale dizer que o cansaço pode ser causado por fatores físicos como a falta de vitaminas e minerais no organismo, em virtude de algumas doenças, como anemia, hipotireoidismo, insônia, entre outros fatores, que podem ser emocionais como a depressão, estresse e nervosismo. Mas existe também o cansaço energético, causado pela troca de energia com tudo ao seu redor.

Por exemplo, você pode estar bem durante o dia até o momento de se reunir com alguém. A partir deste momento, passa a se sentir cansado pelo resto do dia. Isso se explica pelo fato do ser humano trocar energia durante todo o tempo no ambiente em que vive. O meio influencia e gera um comportamento coletivo. Mesmo quando você não está com sono, basta alguém próximo bocejar para você abrir a boca também, de forma involuntária.

Como tudo neste universo carrega energia, nesta era de tecnologia, vivemos rodeados de aparelhos que emitem ondas eletromagnéticas, como computadores, aparelhos de televisão e rádios. Experimente deixar o telefone celular perto de outro aparelho eletrônico ligado para ver a interferência que ele exerce quando recebe uma chamada. O mesmo ocorre com nosso organismo. O celular se tornou para muita gente um companheiro inseparável. Sem ele, muitos se sentem nus saindo na rua. É como se faltasse um braço.

Durante a noite, mesmo durante o sono, ele permanece ali, na cabeceira da cama ou até junto ao travesseiro, afinal ele é o despertador e pode tocar a qualquer momento em uma chamada inesperada. Muitos não se dão conta, mas esse pode ser um fator desencadeante do cansaço, além de provocar dores de cabeça e sono agitado. Faça um exercício simples. Leia por algumas horas um livro e depois faça o mesmo em um computador. O que irá cansar mais? A segunda atividade, com certeza.

A grande quantidade de informações também colabora para o cansaço. Antes as pessoas exerciam atividades mais “manuais” com menor quantidade de dados chegando a todo momento. Com a automatização, as atividades manuais estão entrando em extinção. Em contrapartida, a cadeia de informações gera uma “necessidade” humana de interagir, o que sobrecarrega as pessoas. Se você fica um tempo a mais sem acessar suas redes sociais, acaba sendo cobrado por isso.

Passar por uma consulta médica para avaliar os motivos desse cansaço em excesso é fundamental. Mas se nenhum problema de saúde for identificado, o jeito é a mudança imediata de hábitos. Comece a praticar uma atividade física nova, faça um curso que fuja do seu cotidiano, como forma de trabalhar a mente e a concentração. Procure não ligar a TV, acessar a internet, falar ao telefone e se alimentar ao mesmo tempo. Isso, em vez de fazer você ganhar tempo, contribui para que você perca o hábito de se concentrar naquilo que faz.

Tudo em excesso gera cansaço. Já as atividades, na medida certa, geram qualidade de vida. Resumindo: se você se cansa naquilo que faz é porque está fazendo errado.



*Julio Ganiko é massoterapeuta e especialista em terapias orientais, diretor do Spa Urbano Julio Ganiko, em Guarulhos.


Via : Maisde50.com.br

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